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Série Portuguesa
Origem: Portugal
Autoria: Francisco Moita Flores
Produção: ANTINOMIA
Realização: Wilson Solon
Fotografia: Denise Domingos
Música: Pedro Osório
Cenografia: Augusto Mayer
Com: Henrique Viana,Fernanda Lapa,João D´Ávila,Vitor Rocha,António Cordeiro,Filomena Gonçalves,Júlio Cardoso,Lia Gama, Sandra Cóias,Gonçalo Dinis,Canto e Castro,João Lagarto,Sofia Sá da Bandeira,Ricardo Gageiro,Teresa Gafeira, entre outros
Apoios: Participação Especial:Armando Cortês, Manuela Maria, Cucha Carvalheiro e Paulo Pinto
Ano de 1759. Ainda na ressaca do terramoto que destruíra Lisboa quatro anos antes, em ambiente de crise política e económica, D. José, rei de Portugal é vítima de um atentado levado a cabo por indivíduos emboscados, numa noite de Setembro, quando regressava ao Campo Real depois de um encontro com a sua amante - a marquesa de Távora nova.
Após um primeiro momento de hesitação e perplexidade, o rei encarrega Sebastião José Carvalho e Melo de proceder á constituição de um tribunal que descubra, prenda e julgue os responsáveis pelo crime. É o pretexto para acabar de vez com a velha nobreza que resistia à euforia iluminista que entretanto se preparava para modificar definitivamente a forma de fazer política na Europa. De facto, 30 anos depois, a Revolução Francesa era a expressão mais radical das novas ideias.
As famílias do duque de Aveiro e do marquês de Távora são acusadas de crime de lesa-majestade através de um processo espúrio, construído sobre provas cuja intencionalidade política era evidente. O destino foi a morte na maior execução colectiva a que Portugal alguma vez assistiu. Mas a História não esqueceu. Se politicamente eram responsáveis pela oposição ao espírito de reforma, judicialmente eram inocentes e o horror do cadafalso para inocentes marcou o nosso destino colectivo. Talvez fosse essa má consciência que fez de Portugal o primeiro reino europeu a abolir a pena de morte.
Mas ainda hoje, pese embora a reabilitação dos Távora, essa mancha de ignomínia e tragédia está presente na memória dos homens. Para muitos, apenas as dores do parto por onde emergia o Portugal moderno.
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