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Série Estrangeira
«SIX FEET UNDER (série II)»
Duração: 60 m
Autoria: Alan Ball
Produção: Alan Ball e Robert Greenblat
Realização: Miguel Artete e Daniel Attias
Com: Adam Scott, Peter Krause, Michael C. Hall, Frances Conroy, Rachel Griffiths, Lauren Ambrose e Freddy Rodriguez entre outros
"Sete Palmos de Terra", da autoria de Allen Ball, o mesmo argumentista de "American Beauty", considerada a melhor série de televisão de 2002 e premiada com dois Globos de Ouro, continua no nosso convívio em mais uma série de novos episódios.
Esta série dramática dá-nos a visão trági - cómica da vida e da morte segundo a perspectiva de uma família americana disfuncional de Pasadena, que possui e dirige uma agência funerária. É uma série estranha, densa, profunda e cruzada por uma dose interessante de humor negro.
"Sete palmos de Terra" fala-nos sobre a vida, apesar de tratar de morte, e é brilhantemente escrita e interpretada.
Tendo um estrondoso êxito nos Estados Unidos e noutros países desde que começou a ser exibida , "Sete Palmos de Terra", como diz o Washington Post, incita a uma devoção compulsiva.
Para continuar a ver.
LOCAL PARA AS VOSSAS CRÍTICAS E COMENTÁRIOS DE SÉRIES E PROGRAMAS DE T.V.
João Pedro Machado, Ermesinde, 02-27-2003
Já uma série de culto em vários países (incluindo Portugal), este “Sete
Palmos de Terra” é uma lufada de ar fresco! Curioso que uma série tão ousada
seja tão popular, tão “mainstream”, comercial.
Já tivemos a oportunidade de assistir, em Portugal, a duas épocas de “Sete
Palmos de Terra”.
O primeiro episódio da primeira época começa da seguinte forma: Um dia, em
vésperas do Natal, Nathaniel Fisher dirige-se, de automóvel, ao aeroporto,
para buscar o seu filho primogénito, quando é brutalmente “esmagado” por um
autocarro.
Entretanto, são-nos apresentados os familiares antes de terem conhecimento
da triste notícia: Ruth, a esposa, parece-nos, imediatamente, aquelas
mulheres que “vivem para a família”, fechada no seu mundo, extremamente
puritana (apesar de ter um “affaire” com o cabeleireiro Hiram); Claire, a
filha mais nova, é a adolescente problemática, que virá a saber da morte do
pai enquanto está numa casa com amigos a fumar e a drogar-se (chegam a ser
cómicas as cenas em que ela, completamente pedrada, tem que lidar com a
família de luto); David, o filho do meio, esconde, por trás da sua rigidez e
frieza, uma enorme insegurança e a incapacidade de lidar com o seu maior
segredo: é gay, tendo uma relação com um polícia negro, Keith, que o
pressiona para que assuma a sua homossexualidade e a relação de ambos; Nate
junior, o filho primogénito, depois de passar muitos anos em Seattle,
regressa a casa da família, em Los Angeles, para celebrar o Natal; é o único
elemento da família que parece perfeitamente equilibrado; no avião conhece
uma mulher, Brenda, com quem se envolve sexualmente no próprio aeroporto.
Esqueci-me de dizer o mais importante (ou não...): Nathaniel Fisher é dono e
dirige uma agência funerária na própria casa onde habita. David é o
bem-comportado associado e Federico é o latino-americano empregado, nas
artes do embalsamento e outros procedimentos necessários para que os
cadáveres fiquem apresentáveis (nunca uma série televisiva havia utilizado
uma agência funerária como cenário para as histórias narradas, nem, muito
menos, ido tão longe na exposição dos cadáveres e dos actos necrotéricos).
Claire ilustra a sua vivência numa agência funerária com o seu nickname
cibernético “ICDeddPeople”.
Com a morte de Nathaniel senior, Nate junior sente-se na obrigação de
permanecer em Los Angeles (de qualquer forma, encontrava-se desempregado no
momento) e ajudar a família, tornando-se também agente funerário (ele, que,
no ínicio, nem conseguia olhar para cadáveres...!).
E é este o ponto de partida de “Six Feet Under” (título que tem dupla
leitura: por um lado, a mais óbvia – caixões enterrados num cemitério; por
outro lado, todos os segredos que as personagens sentem necessidade de
guardar...).
Resumidamente, vou expôr o que se passou com cada uma das personagens até ao
fim da segunda época:
Ruth começa a conseguir libertar-se da sua tacanhez, perdendo o medo de
dizer o que pensa e o que sente (também graças a um culto a que se entrega
nos primeiros episódios da segunda época, mas de que se afasta entretanto),
tendo a coragem de terminar a relação amorosa que tem com Hiram e iniciando
outra, de grande intensidade e com enorme componente sexual (quem disse que
uma mulher da meia-idade não pode gostar de sexo?), com o russo Nikolai, de
quem, entretanto, também se separou, por culpa do seu feitio “lapa”, de que
se fartou Nikolai.
Claire torna-se mais responsável, mantendo, no entanto, a sua visão
sarcástica e a sua atitude alternativa. Continua a sentir-se atraída por
rapazes problemáticos, sendo Billy, o irmão esquizofrénico de Brenda, um dos
seus amores (que entretanto se tornou mais amizade). No final da segunda
época, ela aguarda a resposta de uma universidade de artes à sua candidatura
para estudar lá.
Durante a primeira época, Keith termina a relação com David por este não o
apresentar como seu namorado. David inicia uma série de relacionamentos
amorosos; nenhum se torna duradouro. Num episódio-chave, David assume-se
perante a família. Entretanto, envolve-se novamente com Keith, passando a
viver junto com ele e com a sobrinha de Keith, Taylor, cuja mãe está presa
por vários delitos (uma forma de abordar a adopção de crianças por casais
homossexuais). No final da segunda época, Keith está indiciado por vários
processos disciplinares e envia Taylor para casa dos avós dela (pais dele),
o que deixa David muito aborrecido...
Nate envolve-se amorosamente com Brenda, na primeira época da série.
Entretanto, descobre que apresenta um aneurisma cerebral, escondendo esse
facto da família e de Brenda. Recusa cirurgia, mas passa a viver
aterrorizado com o risco de morrer subitamente. Fica noivo de Brenda, mas
tem uma relação de uma noite com uma antiga amiga, que ficará grávida dele,
sendo o filho de ambos uma alegria para a avó Ruth.
Quanto a Brenda... a fascinante Brenda... É sem dúvida a mais complexa
personagem desta série, um desafio para a actriz Rachel Griffiths, que se
revela uma das mais talentosas actrizes do momento! Há muita coisa que não
conhecemos acerca da mente de Brenda. Os pais de Brenda são psicanalistas
libertários. Brenda refere-se, por várias vezes, às orgias a que assistia,
na infância, em sua casa. Os pais aceitaram que um outro psiquiatra
estudasse Brenda, tendo as suas conclusões ficado registradas num livro que
se tornou um best-seller e que persegue Brenda tantos anos depois. Brenda
tem um ódio, que chega a atingir a agressividade, à mãe, mas, ao mesmo
tempo, é incapaz de deixar de a amar. A relação com Billy, o irmão
esquizofrénico, é também ambígua e intensa. No início, Nate apercebe-se que
Billy é um rival quase invencível na luta pelo amor de Brenda. Para Brenda,
Billy está sempre à frente de Nate. Entretanto, ele é internado num hospital
psiquiátrico e esse obstáculo é diluído. Mas Brenda é incapaz de viver
tranquilamente, iniciando um processo de auto-destruição, envolvendo-se
sexualmente com os homens que encontra, mesmo depois de estar noiva de Nate.
Utiliza essas aventuras num livro que está a escrever. No penúltimo episódio
da segunda série, depois de Nate revelar a sua relação “extra-conjugal”, que
deu origem a um filho, acaba por descobrir que todos os episódios sexuais
narrados no livro de Brenda foram experienciados por ela enquanto estava
noiva dele. Depois de uma discussão violenta, separam-se.
Quanto a Federico, graças a uma herança, consegue, finalmente, tornar-se
sócio da agência funerária, num momento em que a família Fisher não dispõe
de dinheiro para pagar uma dívida.
No último episódio da segunda época, Nate decide ser operado. Informa a
família acerca do que se passa. Faz as pazes com Brenda, sem, no entanto,
ser ainda capaz de retomar a relação. O episódio termina com a família
reunida na sala de espera do hospital. Será que Nate vai sobreviver à
arriscada cirurgia?
“Six Feet Under – Sete Palmos de Terra” é uma excelente série, muito bem
escrita e com uma realização irrepreensível! O elenco é de sonho!
A sua importância é imensa, pela abordagem de temas polémicos, reais, que em
geral não são focados em televisão, para não chocar as almas mais puritanas.
Eu acho que, às vezes, temos que nos confrontar com as situações para as
conseguirmos compreender e aceitar!
por
João Pedro Machado.
Rui Ribeiro, Riba De Ave, 02-24-2003
Desde que Alan Ball escreveu o argumento de "American Beauty", com o qual
ganhou o óscar, que há muito se esperava por algo novo deste senhor. Há até
quem diga que muito do êxito de Sam Mendes com o filme deveu-se precisamente
a ele. Concordo. "Caminho para a perdição" é um filme bastante mais
regular...
Esta é a série de televisão produzida, escrita e dirigida (em alguns
episódios) por Alan Ball, e está lá tudo aquilo que fez de Ball um fenómeno.
A série segue o dia-a-dia de uma família que gere uma agência funerária (!).
Mas isto é só o princípio. Um deles é homossexual, tem problemas com a
emancipação da mesma em relação à mãe. Esta, fruto da morte do marido, anda
perdida em busca de uma nova vida. Para isso frequenta desde cursos de
auto-estima e tem uma irmã hippie que evita a todo o custo. O outro filho
nunca quis estar ligado ao negócio, mas agora que o pai morreu, decide
voltar a casa depois de anos de rebeldia. Mas encontra-se doente,
provavelmente a morrer, e decide então casar-se com a sua namorada de sempre
com quem volta a relacionar-se quando volta a casa. Esta, à medida que a
relação avança, descobre que é ninfomaníaca, e gosta de sexo desenfreado e
imaginativo, mas não consegue que o seu atencioso e romântico namorado a
leve a esse tipo de diabruras. No meio disto tudo, há uma irmã mais nova com
um namorado deslocado, e muitas questões normalmente nunca postas numa série
televisiva.
Na verdade, o mais normal é vê-las dissimuladas.Em Sete palmos não é o caso.
Está tudo à vista. Sinistro, bizarro, e acima de tudo, real...muito real.
Politicamente incorrecto.
Manuel Sousa, Aveiro, 11-13-2002
Esta é a melhor série que presentemente podemos ver na televisão portuguesa, e quero dar os parabéns à RTP-2 por nos proporcionar este oasis de prazer que é toda esta maravilha do audiovisual.
Esperamos pela sua colaboração/participação
(A)(B)(C)(D)(E)(F)(G)(H)(I)(J)(K)(L)(M)(N)(O)(P)(Q)(R)(S)(T)(U)(V)(X)(W)(Y)(Z)
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