|
INVENCÍVEL
Título Original: Invincible
Ano: 2001
País: Alemanha/Reino Unido/EUA
Realizador: Werner Herzog
Actores:
Jouko Ahola
Udo Kier
Tim Roth
Anna Gourari
Minutos: 128
Resumo:
Werner Herzog, mítico cineasta alemão, figura daquele que se designou como "o novo cinema alemão", conta aqui a história de um homem ainda jovem, ser humano simples, ferreiro como o pai, que vivia numa pequena e gelada aldeia da Polónia. Zishe Breitbart é também o irmão mais velho de uma pobre e clássica família judia, homem de compleição física excepcional. Por intermédio de um agente em busca de novos talentos para espectáculos circenses, Zishe viaja até à Berlim de 1932 onde os nazis de Hitler começam a dominar o poder político e a sociedade civil. Zishe acaba a trabalhar no espectáculo mais mediático da cidade, onde é dono e pontifica como hipnotizador um homem ambicioso, figura maquiavélica, o áspero Erik-Jan Hanussen. Mas poderia a personalidade simples e generosa de Zishe compatibilizar-se com rituais que mais não pretendiam que levar os outros ao embuste?
Critícas dos visitantes do Site:
“INVENCÍVEL”, de Werner Herzog
CLASSIFICAÇÃO: **** (Muito Bom)
É estranho assistir a um filme recente do Werner Herzog... O que eu conheço
da sua filmografia, pertence a um passado tão longínquo, que eu julgava até
que ele já teria morrido ou, pelo menos, se aposentado...
Werner Herzog é um dos meus realizadores favoritos! É um realizador único!
Tem um estilo inconfundível, que se mantém neste “Invencível”. Realizador de
obras perturbantes, bizarras, com personagens solitárias e marginais...
Alguns exemplos marcantes são: “O Enigma de Kasper Hauser” (que narra a
história de Kasper Hauser, um homem que viveu, desde a nascença, longe do
contacto humano e que se tenta agora “educar” para a civilização; Werner
Herzog usa um actor, Bruno S., que, ele próprio, viveu desde a nascença
longe do contacto humano; portanto confunde-se realidade com ficção...); “No
Reino do Silêncio e da Escuridão” (um documentário sobre pessoas surdas e
cegas, a sua relação com o mundo; um filme que incomoda por nos confrontar
com os nossos próprios medos; uma cena inesquecível é aquela em que uma
mulher conta a forma como ficou cega e surda, por uma simples queda,
enquanto brincava em criança...); “Vilões e Anões” (a obra-prima de Werner
Herzog!; um grupo de anões prisioneiros; um delírio de Werner Herzog
concretizado na perfeição!); “Aguirre, o Aventureiro”; “Fitzcarraldo” (o
projecto megalómano de Werner Herzog); “Nosferatu, o Fantasma da Noite” (a
sua versão pessoal do clássico “Drácula”, escrito por Bram Stoker, com uma
interpretação inesquecível de Klaus Kinski, no papel de Conde Drácula, e de
Isabelle Adjani, no papel de Lucy Harker); “A Canção de Bruno S.” (um
pequeno grande filme sobre a marginalidade, com três saloios e ingénuos
alemães a emigrarem para os E.U.A., onde são explorados e ridicularizados);
“Woyzeck, o Soldado Atraiçoado”.
Apesar de este “Invencível” possuir algumas fragilidades a nível do
argumento (é sempre complicado adaptar um romance literário para cinema: ou
se é completamente fiel à obra e, nesse caso, o filme terá que durar muitas
horas; ou se constrói um filme diferente, apenas inspirado no romance –
geralmente, é o método que consegue melhores resultados; ou se tenta
sintetizar, ilustrando a história central, através de algumas cenas
definidoras, o que torna o filme demasiado esquemático... Werner Herzog
optou por esta última estratégia), é um filme muito bonito (os momentos
finais são daqueles de nos pôr a lágrima ao canto do olho...), com uma
interpretação superlativa de Tim Roth e um regalo para os fãs de Werner
Herzog...!
por
João Pedro Machado.
Título do filme
Nome do crítico
Cidade
Data da Crítica
Pulp Fiction
João Pedro Machado
Ermesinde
10/23/2002
Esperamos a vossa colaboração |
VOLTAR CRÍTICAS DE FILMES
VOLTAR PAG. INICIAL