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    O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE

    Título Original: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain

    Ano: 2001

    País: França/Alemanha

    Realizador: Jean-Pierre Jeunet

      Actores:

    • Audrey Tautou

    • Mathieu Kassovitz

    • Dominique Pinon

    Minutos: 122

    Resumo:

    Amélie, tem 22 anos e é empregada de mesa em Montmartre. A sua vida nunca foi um mar de facilidades, mas resolve dar aos outros a centelha de felicidade que todos necessitam, enveredando por caminhos e personagens que se cruzam na sua vida, que tecem o filme e o seu enredo.

      Critícas dos visitantes do Site:





      Título do filme Nome do crítico Cidade Data da Crítica
      Fabuloso Destino de Amelie (o) Rui Manuel da Silva Ribeiro Riba de Ave 11/19/2002

      O Fabuloso Destino de Amélie

      Falar de um filme que nos toca lá fundo no coração, é sempre deveras complicado, contudo, este filme comovente, nunca a ser lamechas. Para quem já havia visto alguns dos filmes mais consagrados deste senhor da 7ª Arte, poderá então compreender, porque tal acontece. Jeunet, ao som de Yann Tiersen, consegue transpor o humor delirante, corrosivo mesmo de "Delicatessen", tal como a magia e doçura tal qual conto de fadas de "A cidade das crianças perdidas". Depois de quatro anos sem realizar e ter arrebatado Hollywood e o mundo com "Alien – A ressurreição", Jeunet conta aqui a história de Amélie Poulin (brilhantemente interpretada pela maravilhosa Audrey Tatou), uma jovem solitária parisiense, cuja sentido da sua vida, decide alterar, aquando da notícia de morte de Diana – a princesa. Amélie decide que o sentido da sua vida é fazer bem aos outros! Apesar disso, Amélie acabará por encontrar alguém que fará o mesmo por si, é ele Nino (interpretado por Mathieu Kassovitz, o brilhante realizador de "O Ódio", filme que incomodou muita gente). Nino trabalha numa sex-shop, e dedica-se a coleccionar fotomatons que as pessoas deitam fora, nas máquinas de rua. Amélie, alcança bastante sucesso, com as enumeras personagens que ajuda, mas ela própria também o é por Nino. Uma mistura de criatura fantásticas, sob um louco estilo visual cartoon, um argumento arrebatador, banda-sonora fascinante... Só visto, imperdivél, e imprescindível. O "Fabuloso destino de Amélie", é sem dúvida um filme que já se tornou num filme de culto, é daquelas peças cinematográficas, às quais apetece chamar os amigos para uma "Noite Amélie", iniciada por duas horas de paraíso cinematográfico.





      Título do filme Nome do crítico Cidade Data da Crítica
      Fabuloso Destino de Amelie (o) Ricardo Costa Pinho ------- 9/25/2002

      Aguardava com alguma ansiedade a estreia do filme Le Fabuleux destin d’Amélie Poulain em Portugal, com sete meses de atraso da sua exibição em França, onde foi um sucesso comercial. Realizado por Jean-Pierre Jeunet, conhecido pela co-realização com o cartoonista Marc Caro dos filmes «Delicatessen» e «Cidade das Crianças Perdidas», e mais recentemente por realizar nos Estados Unidos o último filme da trilogia «Alien». Amélie, no entanto, marca uma viragem no universo do realizador: os cenários de estúdio foram substituídos por Montmartre filmado ao ar livre, ainda que tratado digitalmente em pós-produção, e as histórias de horror deram lugar a uma fantasia optimista de personagens benignos numa cidade romântica. De facto, durante o visionamento do filme tinha sentido falta dos famosos graffiti de Paris, e as minhas suspeitas vieram a ser resolvidas quando soube que em pós-produção tinham sido retirados digitalmente estes e outros elementos de poluição visual que não ajudavam a caracterizar o ambiente do filme. Li a propósito disso mesmo críticas negativas, acusando o realizador de estar a encobrir a realidade e a mostrar uma cidade que não é verdadeira. Contudo, são críticas que não me parecem válidas: porque não tratar os cenários naturais como se fossem um estúdio de interiores para criar a ambiência adequada à história? Vimos no mesmo ano em «Moulin Rouge!» um Montmartre totalmente criado em computador e estúdio. E também Woody Allen representa a sua cidade, Nova York, como uma cidade impecável e romântica (o que é bem claro em «Manhattan», por exemplo). Amélie é uma jovem mulher que aprecia os pequenos prazeres da vida e repara nos pequenos detalhes das coisas –e garante agradar aos espectadores que assim se identifiquem- que um dia decide ajudar os outros anonimamente até chegar a altura em que se precisa de ajudar a si mesmo. É uma mulher solitária e imaginativa, cuja explicação é-nos deliciosamente dada no início do filme, que não deve ter propriamente um «destino» pensado para si (não se espera de uma filha de um médico e de uma professora um emprego ao balcão de um café). Audrey Tautou é Amélie, e pela representação tem recebido calorosos aplausos da crítica e do público pelo seu carisma e «inocente vitalidade de uma estrela do cinema mudo» . E a caracterização da personagem não podia ser melhor: os olhos pretos grandes e expressivos, o cabelo despenteado estilo 1930, os vestidos vermelhos, os sapatos pretos grandes e do estilo de um desenho animado dão-lhe uma aura de fantasia. Jean-Pierre Jeunet recorre frequentemente ao grande plano –o plano do afecto- de Amélie, com uma grande angular que vinca os olhos grandes e o pequeno sorriso infantil. O apelo da história está na sua ingenuidade. As hesitações entre proximidade e distância, os esquemas elaborados que Amélie usa para chegar os seus fins simples geram um sentimento de nostalgia no espectador que também viveu estes pequenos momentos. Suponho que o sucesso do filme esteja aqui. As personagens, uma espécie de estereótipos que ainda não o são, são bem desenhadas e cativam o interesse emocional e humorístico: o médico ingénuo, a tabaqueira hipocondríaca que é curada pelo amor de um resmungão, o artista de ossos frágeis que pinta o mesmo quadro todos os anos, o maneta perfeccionista mas lento que trabalha para um malvado comerciante, uma vizinha que perdeu o marido, e um empregado de uma sex-shop que colecciona fotos passe deitadas fora... todas virão a ser alteradas pela protagonista consecutivamente numa sequência de pequenos e grandes esquemas. Até que chega a altura de se ajudar a si e aproximar-se de Nino, o coleccionador do lixo dos photomaton (representado por Mathieu Kassovitz, realizador do anterior sucesso comercial de França, «O Crime dos Rios Púrpura»). Tecnicamente, o filme assenta nas grandes angulares, talvez como que um espreguiçar vindo de quem estava aborrecido com as filmagens em estúdios. A imagem do filme está embebida em tons dourados e verdes. O dourado imerge toda a realidade num interior de uma caixa de bombons, num mundo de fantasia só possível na cabeça de Amélie. O tom verde, por sua vez, faz com que o filme pareça «embebido em absinto» . Os efeitos especiais, por sua vez, são autênticas surpresas que surgem para exteriorizar o mundo da imaginação de Amélie, como um coração a bater no interior do peito ou uma colagem virtual de pedaços de fotografia ao reconhecer o «fantasma do photomaton», um pouco ao estilo da série Ally McBeal. A montagem é descrita como «frenética» por uns e «lenta» por outros. Eu fico-me pelo meio termo para dizer que esta está perfeitamente calibrada à narrativa da história. Se num momento os personagens revolvem freneticamente pela cidade, noutros poderão estar hesitar introspectivos acerca das acções a seguir. Toda a estrutura narrativa está fixa por um narrador suave, que apresenta os personagens com uma lista jovial de gosta/não gosta, e pelo som de uma musette que não nos deixa sair de Paris idealizado dos anos 1930. É um filme com uma história mais simples do que aparenta ser, com uma excelente cinematografia, mas cujo apelo ao espectador reside na nostalgia que desperta no espectador. É uma fábula dos tempos modernos para gente crescida que ainda se lembra da ingenuidade.

      Esperamos a vossa colaboração





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