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DANÇANDO EM LUGHNASA
Título Original: DANCING AT LUGHNASA
Ano: 1998
País: Irlanda
Realizador: PAT O'CONNOR
Actores:
Kate Mundy MERYL STREEP
Padre Jack Mundy MICHAEL GAMBON
Christina Mundy CATHERINE MCCORMACK
Maggie Mundy KATHY BURKE
Rose Mundy SOPHIE THOMPSON
Agnes Mundy BRID BRENNAN
Gerry Evans RHYS IFANS
Michael Mundy DARRELL JOHNSTON
Argumento: FRANK MCGUINESS
baseado numa peça de: BRIAN FRIEL
Imagem: KENNETH MACMILLAN, BSC
Montagem: HUMPHREY DIXON
Guarda-Roupa: JOAN BERGIN
Cenário: MARK GERAGHTY
Casting: MARY SELWAY
Música: PATRICK DOYLE
Designer de Produção: MARK GERAGHTY
Produção: NOEL PEARSON; FERNDALE FILMS
Data de Estreia: 02-07-1999
Minutos: 95
Resumo:
Os sonhos de uma família... O amor que a unia... O Verão que a mudou para sempre... No Verão de 1936, a Europa está à beira de mudanças violentas e terríveis. Em Ballybeg, a família Mundy refugia-se na sua pequena casa: cinco irmãs solteiras, um irmão e o filho de uma delas. Kate, a irmã mais velha e a professora local, rege-se por princípios muito severos e faz questão de manter uma aparência respeitável. Mas é uma mulher formidável e desempenha as funções de chefe de família. Apesar de temida, é muito amada pelas irmãs, especialmente por Maggie. Agnes faz luvas para complementar o magro orçamento familiar. É sossegada, recatada, com secretas reservas de coragem e uma adoração por Rose. Esta, simples e inocente, vive apavorada por ameaças que, no fundo, desconhece, porque não sabe o que é o perigo. Maggie, a "dona de casa", tem o coração enorme, benevolente, um sentido de humor malicioso e uma paixão selvagem pela vida. Christina, a mais nova, é a mãe solteira de Michael, filho ilegítimo mas muito amado. Christina oscila entre a disposição mais exuberante e a depressão mais profunda. Apaixonada pelo pai de Michael, Gerry Evans, escolheu não casar com ele, apesar dessa opção ter arruinado a sua reputação, desafiando a severa moralidade da sociedade em que vivem, e os rígidos princípios da irmã mais velha, que não se cansa de lho relembrar constantemente. Jack, mais velho que todas elas, é um padre missionário que regressou à Irlanda depois de muito tempo a trabalhar em África. A razão desse regresso permanece em segredo, mas a paixão que nutre pelo espírito daquele continente leva a hierarquia católica a questionar a sua vocação sacerdotal, o que escandaliza Kate. Um dia, o pai de Michael, Gerry, um vendedor ambulante, regressa para ver o filho, uma vez que está de partida para a guerra, em Espanha. Este regresso volta a despertar o amor que Christina nutre por ele, bem como a sexualidade reprimida das suas irmãs. E o paraíso que Ballybeg era fica para sempre alterado. À volta da esplendorosa fogueira de Lughnasa, despertam os afectos e as paixões de outros tempos. Estas mulheres de espírito independente, conhecem-se muito bem a si próprias, a sua fortaleza tanto física como emocional, projectada no frenesim da dança, a expressão plena das suas almas. Livres dos constrangimentos religiosos, sociais, económicos e sexuais, dançam pela casa e pelo jardim, e o seu território torna-se sagrado, iluminado pela graça em leveza dos seus corpos. É então que o significado de Lughnasa se torna claro. Lugh é o deus celta da luz e Lughnasa é o seu festival. A tradição na Irlanda mandava que se fizesse uma festa pagã das colheitas, uma dança ritual em redor dos lagos e dos montes, intercedendo pelas futuras plantações. E, à medida que a noite avançava e o fogo crescia, as pessoas davam azo aos seus instintos primitivos, dançando até de madrugada. A recordação desse Verão assombrará Michael para sempre, recordações de amor e perda, de mulheres a dançar, dançando como se as suas vidas dependessem dessa dança. Os papagaios de papel com que ele brinca, magnificamente decorados pela sua própria mão, são prenúncios do instinto artístico que mais tarde lhe permitirá contar a história da sua família e do destino que cada um deles enfrenta corajosamente.
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